Muita gente arquiva chapas de raio-x como se fosse um documento importante, mas exames com resultados normais não precisam ser guardados, salvo se for orientação médica.
As chapas de raio-x também não podem ser jogadas com o lixo comum porque, na parte escura, há materiais tóxicos que contaminam o solo e a água, e, além disso, demoram mais de 100 anos para se decompor.
O QUE FAZER COM OS EXAMES PARA NÃO PREJUDICAR O MEIO AMBIENTE E A SUA SAÚDE
Empresas interessadas em reciclar chapas de raio-x e outras películas como a de tomografia, fotolito (filmes de gráfica) e filmes de raio-x industrial, mantêm postos
de recolhimento em diversos locais no país.
Muitos laboratórios também recebem radiografias realizadas em suas unidades para serem recicladas e reaproveitadas. Faça uma busca na internet para saber qual a melhor solução para a cidade onde você mora.
SOLIDARIEDADE
Em São Paulo, uma boa solução é levar os exames para o posto, aberto ao público, no Instituto Central do Hospital das Clínicas. O hospital doa as chapas para o Fundo Social de Solidariedade, que leiloa o material. Muita gente tem interesse nesses exames que, aparentemente, não servem para mais nada.
Empresas arrematam o que vai para leilões e também compram radiografias descartadas em hospitais e laboratórios de todo o país. Por mês, chegam mais de 1,4 milhão de chapas ao Fundo Social.
Depois de separadas, as radiografias ficam de molho em uma mistura que leva soda cáustica. A parte escura que se desprende é prata, que segue para outro tanque e, depois, para a fundição. Para conseguir cinco quilos de prata são necessárias 50 mil chapas de raio-x. Já o plástico que sobra do processo passa por lavagem, secagem e vira caixinhas, em vários formatos.
Assim, o que poderia contaminar a natureza passa a presentear e enfeitar muita gente.
Fonte: G1 SP e DPC Brasil Indústria e Comércio