Dizer que poupar para a aposentadoria deve ser uma preocupação dos jovens virou um mantra. Uma verdade sempre repetida por quem entende de previdência, uma vez que a experiência continua mostrando que esse público prossegue tendo alguma dificuldade em entender que tal mensagem carrega um importante ensinamento.

Mas oportunidades sempre surgem para vencer essa resistência. E a Abrapp teve a sua e a aproveitou: havia filas em frente ao estande que a Associação montou na Feira do Estudante 2017, promovida pelo Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE) durante a Bienal do Parque Ibirapuera, no final de maio em São Paulo, evento que teve um público superior a 70 mil pessoas.

Os jovens foram atraídos ao estande pelos brindes distribuídos, mas principalmente pela oportunidade de serem fotografados em um equipamento que faz a simulação do rosto da pessoa aos 60 anos. Porém, ali encontraram todo o tipo de informação sobre o sistema de previdência complementar, em linguagem acessível a
sua faixa etária.

POUPANÇA
O estande da Abrapp cumpriu com êxito sua missão. Em três dias recebeu mais de cinco mil jovens, e muitos participaram também da palestra “Previdência é coisa para Jovem”, proferida pelo diretor da Associação, Lucas Ferraz Nobrega.

Lucas explicou que quanto mais cedo se ingressa em um plano de previdência, a pessoa ganha um horizonte temporal maior para acumular reservas e, não tendo urgência, pode contribuir com valores menores por mais tempo, sem prejudicar o resultado final. Por exemplo, um jovem que começasse a contribuir com R$ 170 aos 20 anos, acrescida igual contribuição da empresa, perto dos 65 anos teria acumulado algo ao redor de R$ 1 milhão. Acrescentou ainda, “que com o fenômeno da longevidade, o jovem tem dois futuros pela frente: ou usufrui uma aposentadoria mais longa com renda suficiente para aproveitar essa fase da vida, ou viverá por mais tempo como um aposentado provavelmente cercado de restrições financeiras”.

LONGO PRAZO
Além de responder a inúmeras perguntas, Lucas deixou claro que, numa relação duradoura, como a que une a previdência complementar fechada e seus participantes, os resultados devem ser medidos no longo prazo. Também citou vários números, mostrando, por exemplo, que em dez anos o retorno médio proporcionado pelas entidades fechadas superou tanto a inflação quanto o CDI. Mais importante, bateu a meta estabelecida pelos atuários para representar as obrigações previdenciárias carregadas pelas EFPCs em seus passivos.