Nascido em Maringá, Odilon Batista de Oliveira morou um período em Curitiba, depoisficou 30 anos em Foz do Iguaçu, se aposentou e agora vive praticamente em duas cidades, Cruzeiro do Oeste, onde foi criado, e Paulínia, no interior de São Paulo.

Mas fazer sempre essa rota não tem problema, ele adora viajar. Sonha até em comprar um motohome para andar por aí.

Esse é o resumo da vida de Odilon, que nem sabia que existia Itaipu. “Fui lá por acaso, pensei que ia ficar uns seis meses e fiquei 30 anos”, diz ele, que chegou no início das obras da usina, em 1976, quando ainda era um “buracão”.

Antes de ir para lá Odilon trabalhava em Curitiba no Turim Clube do Brasil. Foi para Foz do Iguaçu a convite de um amigo para trabalhar em um escritório de contabilidade. “Fiquei um mês nesse emprego, e aí fui trabalhar na Contadoria de Pessoal da Unicon, empresa que construiu a Itaipu. Depois fui para o Recrutamento e Treinamento de Pessoal, e mais tarde fui cedido para o setor de RH da Itaipu, onde era responsável pelo o cálculo da folha de pagamento da Caeb e Unicon. Isso foi mais ou menos em 1982, e quando acabou a Unicon nós passamos para a Caeb, até que em 1984 a Itaipu assumiu os encargos trabalhistas da Caeb e passei para o quadro da Itaipu, na mesma função”, lembra Odilon.

MUDANÇA
 Depois de vários anos trabalhando no RH, Odilon foi transferido para outra área, fez treinamento e assumiu a função de Técnico de Hidrologia de Campo. “Foi o melhor lugar que trabalhei na Itaipu, além de ser uma área boa, o grupo de trabalho também era muito bom. Ali todo mundo, inclusive os engenheiros, fazia de tudo, tanto os trabalhos pesados como os mais leves. Viajávamos bastante pelo Paraná, Paraguai e Mato Grosso fazendo medição de rio, topografia, nivelamento, manutenção de aparelhos, enfim, o que precisasse.”, diz Odilon.

Ele ficou oito anos nessa área e nela se aposentou, em 2006.

VIDA BOA
Hoje com 68 anos, Odilon tem uma vida boa. “Como sempre fui econômico, hoje colho os frutos do meu trabalho”, diz ele, que na verdade nem imaginava o destino que lhe foi reservado. “Deus nos coloca no caminho certo, só tenho a agradecer por ter trabalhado na Itaipu e agora contar com a Fibra”, completa.

Odilon casou-se em 1978 com Dionísia, que também trabalhou na Caeb, lecionou no Anglo e depois foi professora da rede estadual de ensino. E como agora os dois são aposentados, vivem às voltas com os netos. Até montaram casa em Paulínia para ajudar a cuidar dos netos. “Temos um casal de filhos e cinco netos, porém as crianças da filha ainda são pequenas, e como ela viaja muito a trabalho, ajudamos a cuidar”, diz Odilon, que também vai sempre para Cruzeiro do Oeste, onde vive toda sua família, inclusive o pai de 91 anos. Isso sem contar outras viagens que faz a passeio.

É por isso que ele sonha com motohome. “Até agora não deu, mas a ideia é passar uns seis meses viajando”, finaliza.