O con tribuinte precavido já tem em mãos os comprovantes de gastos com saúde, educação e outras despesas reembolsáveis, além do informativo de rendimentos, fornecido pelo empregador e pelas instituições financeiras em que possui investimentos.
O que muitos não sabem é que todo tipo de investimento precisa ser declarado, inclusive aqueles isentos de imposto de renda, como a poupança. “Em 2016, a omissão de rendimentos do titular e dos dependentes foi o principal motivo para declarações do imposto de renda ficarem retidas na Receita Federal. Às vezes, por pensar que a quantia investida é muito pequena, o contribuinte acaba omitindo o valor. Ou, por desconhecimento, informa os dados de forma errada, confundindo cam- pos como rendimentos auferidos (ganhos) e valor investido (saldo)”, explica Walter Poladian, planejador financeiro e consultor de investimentos da Empiricus Research.
As aplicações financeiras que pagam Imposto de Renda precisam ser informadas no campo Rendimentos Sujeitos a Tributação Exclusiva/Definitiva. “O investidor precisa ter atenção, porque se a declaração for feita de forma incorreta, ele pode acabar pagando mais imposto do que deveria e ter outras dores de cabeça, como receber multas e cair na malha fina”, alerta Beatriz Cutait, responsá- vel pelo relatório Você Investidor da Empiricus.
E a tarefa não é fácil, cada tipo de investimento deve ser informado de uma forma diferente no programa da Receita. Por isso, é muito importante estar de posse do informe de rendimentos fornecido pelo banco ou corretora de valores. Em geral, o documento é enviado para o investidor. Caso não o receba, ele pode encontrar na área logada do site ou solicitá-lo direta- mente à instituição financeira.
Beatriz afirma que, nessa época do ano, cresce muito o número de dúvidas que chega a consultoria de investimentos. “Infelizmente, o programa IRPF não é intuitivo e fazer a declaração do imposto de renda pode ser um tormento na vida de muita gente”.
Fonte: Pé de Meia, Engrenagem Virtual