O Fibra Notícias de março (nº 214) apresentou as projeções que o mercado esperava para os principais indicadores da economia em 2016, ou seja, taxa de juros em patamares elevados, inflação acima do teto da meta, queda da atividade e câmbio acima de R$ 4,00. Com exceção do dólar que surpreendeu pela desvalorização em relação às demais moedas – em grande parte influenciado por notícias melhores que o esperado na Europa e China – e a manutenção do preço do petróleo em níveis historicamente baixos, os demais indicadores permanecem sinalizando um ano desafiador para a gestão dos investimentos.
A despeito desse cenário adverso, a Fibra vem conseguindo superar a meta atuarial, acumulando rentabilidade de 5,61%, contra 5,19% do IPCA+5,76%. Colaborou para esse resultado (i) a expressiva evolução do Ibovespa, que acumulou 24,36% nos primeiros quatro meses do ano, refletindo em 20,14% de rentabilidade na carteira de renda variável, e (ii) o retorno dos títulos públicos nestes primeiros meses, o que permitiu à Fundação obter uma rentabilidade de 5,54% na carteira de renda fixa, a qual responde por aproximadamente 85% dos investimentos da Fibra.
Também colaborou para o resultado geral dos investimentos da Fibra neste período, a rentabilidade da carteira de Empréstimos, que atingiu 7,50%. A carteira de imóveis registrou 0,80% em função da retração observada no mercado imobiliário, os investimentos no exterior sofreram impacto da desvalorização do dólar e acumularam -12,51%, e a carteira de estruturados performou -0,93%, refletindo o desaquecimento da economia brasileira.
Diante das incertezas no cenário macroeconômico local e internacional, a Fibra permanece adotando postura conservadora na gestão dos investimentos, buscando proteção contra a inflação através de exposição relevante em renda fixa, em especial em produtos que pagam taxa de juros mais o reajuste mensal da inflação.