Gostar do que faz é um dos aspectos mais importantes para ter uma vida profissional realizadora, diz João Carlos Sihvenger, que se aposentou em 2010 e continua fazendo o que gosta: trabalhando como Químico.
“Esse é um conselho que eu daria para quem está começando, pois em qualquer profissão esse fator é determinante para o sucesso. Também acho importante: se sentir bem na empresa, respeitar os colegas e, principalmente, nunca achar que sabe tudo, pois vivemos aprendendo”.
Na verdade, João Carlos começou a trabalhar aos 14 anos como office boy no Tribunal de Contas do Estado do Paraná, em Curitiba. “Fiquei no TC de 1974 a 1978, depois fui para a Copel, como técnico em Química, onde fiquei até 1985, quando fui para a Itaipu”, relembra.
Estabelecido em Curitiba, onde nasceu e viveu, João já estava casado com Tânia Mara e tinha um filho quando surgiu a oportunidade de trabalhar na Itaipu.
COMO RECUSAR?
“Sempre gostei de desafios, e quando soube que havia uma vaga no laboratório de manutenção na Itaipu, gostei da ideia, mandei curriculum e meses depois fui chamado. Como a Tânia também trabalhava na Copel em Curitiba, ponderamos a situação e resolvemos encarar o desafio”, conta João. A família se mudou para Foz do Iguaçu, e aumentou. Depois do filho Thiago, vieram Felipe e Amanda. “Fui para Foz com a intenção de ficar uns três anos e acabei ficando 25”.
João Carlos começou a trabalhar na Itaipu como Técnico em Química e mais tarde fez o curso superior de Licenciatura em Química. Foi admitido em março de 1985, pela antiga CAEEB, pois a empresa não tinha quadro próprio, nem concurso. “Nessa época só tinha uma máquina gerando energia, hoje são 20, acompanhei a montagem das outras 19, o que me rendeu um imenso aprendizado”, diz ele.
TRABALHANDO NA ITAIPU
“No começo tudo era estranho para mim”, diz João. O trabalho era compartilhado com os paraguaios, um fato novo para ele; e também tinha que conviver com obras, pois a empresa ainda estava em construção, e o laboratório de química era dentro da Usina. “Mas com o passar do tempo fui me acostumando com as obras, com os paraguaios e com os brasileiros, fiz boas amizades e até aprendi falar e entender espanhol”, conta.
Em 1994, com a aposentadoria do supervisor do setor de química, João assumiu a função, que exerceu até se aposentar. “Foi um grande desafio para mim, e consegui vencer porque contei com o apoio de muitos profissionais da Superintendência de Manutenção”.
CURIOSIDADE
Falando de sua experiência na Itaipu, João se lembrou de um fato interessante. “Em 1985, o Gerente da Divisão de Laboratórios que me contratou era o João Simão, e quando me aposentei, em maio de 2010, o Gerente era o José Simão, irmão mais novo de João. Uma coincidência”, diz ele.
FIBRA
Aposentado como técnico de nível superior, João Carlos diz que a Fundação tem um papel importantíssimo em sua vida. “Fiz um grande negócio ao aderir à Fibra, pois garanti meu futuro e da minha família. Na verdade sou sócio fundador desta instituição”, diz ele com orgulho.
SONHOS
Hoje, morando em São José dos Pinhais, região metropolitana de Curitiba, João Carlos continua trabalhando, sem planos de parar. Tem uma empresa de Consultoria na área de análise de materiais isolantes e lubrificantes, coordena uma comissão de estudos de óleos minerais isolantes do Comitê Brasileiro de Eletricidade da ABNT, e é coordenador executivo do curso de Pós-Graduação da Faculdade Modelo, em Curitiba, também nessa área. E apesar da vida corrida, não abre mão de correr dez quilômetros três vezes por semana.
“Tudo o que quis na vida eu realizei, só falta um sonho: ser avô. Mas esse não depende de mim, e acredito que o neto há de vir, porém não quero pressionar meus filhos”.