Há pouco mais de três meses trabalhando como Analista Contábil na Itaipu, Sabrina ainda está “impactada” com a virada da sua vida. “Desde que soube o resultado do concurso da Itaipu começaram as mudanças para mim e para meu marido, que também veio transferido para Foz do Iguaçu”.
Juntos há sete anos, o casal vivia em Cascavel. Fabiano Michel Boer é policial militar e Sabrina trabalhava como contadora em um escritório da cidade, porém, seu objetivo era ser aprovada em um concurso público na área de contabilidade, “mas pensava ser algo muito distante, e para minha surpresa, já estou aqui”, diz ela feliz. O marido só conseguiu a transferência em maio, mas agora a família já está reunida, o casal, dois cãozinhos e duas calopsitas.
TRAJETÓRIA
Sabrina tem 24 anos, se formou no final de 2014 em Ciências Contábeis pela Unioeste, fez o concurso em 2015 e foi chamada em fevereiro deste ano. Mas antes de ingressar na Itaipu ela trabalhou dois anos na Junta Comercial de Cascavel e quatro anos no escritório Brunetto Contadores.
Apesar ter pouco tempo no mercado de trabalho, Sabrina já percebeu como as coisas funcionam nesse universo, e destaca como importante para um profissional, ter uma boa formação e manter-se atualizado, ser flexível a mudanças, ter bom relacionamento com as pessoas, desenvolver com dedicação e zelo as tarefas que lhe forem atribuídas e, acima de tudo, gostar do que faz, escolher a profissão certa. E tem procurado seguir essa linha, especialmente agora que está vivendo em um ambiente profissional bem diferente do que estava acostumada. “A área pública é muito diferente, meu trabalho aqui requer uma análise mais profunda, é preciso ser mais prudente e desempenhar a função sem ultrapassar limites, nem invadir a função do outro; pois como trabalhamos em equipe, faço uma parte do trabalho”, diz ela.
CURSOS
Além da faculdade, Sabrina fez três anos de curso de inglês, que só não concluiu devido a problemas na instituição. “Mas pretendo retomar o inglês e fazer outros cursos de idiomas, e também estou pensando em fazer o curso de Direito, ou uma pós-graduação em gestão tributária”, planeja. E como agora trabalha com os paraguaios, Sabrina diz que também precisa aprender Espanhol. “Parece fácil, mas é uma língua difícil, especialmente os termos técnicos e quando falam muito rápido”.
ADAPTAÇÃO
Sabrina já está conseguindo se comunicar com os colegas paraguaios, porém, diz ela, “no início foi um baque, mas com o tempo a gente vai acostumando o ouvido, vai se adaptando com eles, com a cultura, que é bem diferente, e tudo se torna um grande aprendizado”.
Ela também está se adaptando à cidade, que embora seja quase do mesmo tamanho de Cascavel, é muito diferente. “Foz é um polo turístico, tem gente de toda parte do mundo, é uma diversidade de culturas”, comenta.
APOSENTADORIA
Como boa contadora, e bem afiada nos cálculos, Sabrina não perdeu tempo, logo que foi registrada já aderiu à Fibra. “Manter uma previdência complementar é importante para que tenhamos uma estabilidade financeira maior ao aposentar. Só a aposentadoria pela previdência social não garante uma remuneração compatível com aquela que tínhamos quando trabalhadores ativos, é preciso complementar”, diz ela.
SONHOS
Para Sabrina os dois maiores sonhos, realização profissional e pessoal, já foram em grande parte realizados. Porém, diz ela, “ainda tenho outros objetivos de vida: ter filhos, comprar uma boa casa em Foz do Iguaçu, viajar pelo Brasil e pelo mundo, ter condições de ajudar financeiramente minha família, pessoas necessitadas e animais”.