Sonho é sonho. O de Nilton César Figueira, o Figueira, como é mais conhecido, é concluir uma prova de Triathlon Iron Man Full (3,6 Km nadando, 180 km pedalando e 42 km correndo) em 2019. Essa é uma modalidade esportiva completa, em que o atleta participa de três provas sequenciais e ininterruptas, porém, mais “puxadas”. Na distância olímpica são 1,5 km de natação, 40 km de ciclismo e 10 km de corrida. Mas Figueira quer ir além, e acredita que até 2019 estará preparado. E pode ter certeza, vai conseguir, pois persis-tência ele tem.

EM CASA
Figueira é santista, tem 49 anos e já tem muitos sonhos realizados. As duas filhas mais velhas, Vanessa e Nayara, já são formadas, independentes, e moram em Cascavel. E há dois anos veio o César. “Claudete e eu ficamos assustados, um filho depois de tanto tempo, mas agora não dá para imaginar a vida sem ele”, diz Figueira.

CARREIRA
Na vida profissional a história também é marcada por retornos positivos. Natural de Formosa do Oeste/PR, Figueira veio criança para Foz do Iguaçu, onde cresceu, estudou e trabalha. “Possuo formação técnica em Eletrônica, Eletrotécnica e em Eletromecânica, e sou graduado em Ciência da Computação e Pós Graduado em Tecnologia Java”, diz ele. Mas foi a formação técnica que lhe garantiu o emprego na Itaipu, onde começou a trabalhar em 15 de fevereiro deste ano, como Técnico em Eletrônica.

Essa é a segunda passagem de Figueira pela Itaipu. Seu primeiro emprego, assim que saiu do quartel, foi como Agente de Segurança Empresarial, na própria Itaipu. “Isso foi no período de 1987 a 1995, contratado por empresa terceirizada, da qual sai no PDV em abril/1995”. Depois ele passou por várias empresas estatais, até retornar, agora como “crachá vermelho” da Usina. Trabalhou na Sanepar como eletrotécnico, e na Copel e em Furnas como técnico em eletroeletrônica. “Em Furnas tive a oportunidade de conhecer o complexo sistema de transmissão da energia de Itaipu e de entender melhor a importância desta energia para o Brasil. Tra-balhei em todas as subestações do sistema de transmissão Itaipu”, diz ele.

IRONIA
O primeiro concurso que Figueira prestou para Itaipu foi em 2010 e ele foi reprovado na prova de teste físico. Ironia do destino. Mas como tinha passado também no concurso de Furnas, foi para lá. “Minha preferência era pela Itaipu, mas o teste decidiu por mim”, relembra.

Em 2015, quando novamente abriu vaga para a mesma função, ele se candidatou e conseguiu. Só que desta vez não tinha o exercício que o reprovou em 2010. A vida tem dessas coisas, e esta coluna do Fibra Noticias é testemunha das voltas que ela dá até trazer um funcionário para a Itaipu.

TRABALHO
Hoje a vida profissional de Figueira flui tranquila. “Como já tinha familiaridade com a empresa, e com a experiência adquirida em Furnas, a adaptação aqui foi fácil”. O trabalho dele consiste em fazer a manutenção de qualquer instrumento de medição da usina. “Aqui só não consertamos pessoas, o resto, em qualquer coisa de eletrônica nós damos um jeito”, diz ele.

Figueira também destaca como importante na vida de um profissional, a constante a atuali-zação tecnológica, e a busca por uma convivên-cia harmoniosa no ambiente de trabalho.

FIBRA
Figueira aderiu à Fibra assim que a papelada de admissão ficou pronta, e “tenho certeza de ter feito um excelente investi-mento para assegurar uma qualidade de vida melhor na aposentadoria”, comenta.

O QUE FALTA
Além de concluir a prova de Triathlon Iron Man Full, Figueira ainda quer fazer um mestrado antes de se aposentar. E depois de encerrado o turno na Itaipu, pretende lecionar. Ele já deu aula no Senai, no curso de Eletro-mecânica; e no Colégio Iguaçu, no curso de Eletrotécnica, “e como gostei da experiência, quero voltar a ser professor”, diz ele.